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Autora: Andréa Camardella de Lima Rizzo.
Orientadores: Selma Gomes Ferreira Leite e Luiz Gonzaga dos Santos Sobral.
Este trabalho objetivou selecionar, em escala laboratorial, uma configuração apropriada de biorreator a ser empregado no tratamento de solos contaminados por hidrocarbonetos de petróleo, bem como definir as condições de processo para operação do mesmo. Adicionalmente buscou-se adequar e otimizar, em microcosmos, as necessidades nutricionais do consórcio microbiano envolvido no processo de biorremediação de dois solos brasileiros contaminados com petróleo, avaliar o efeito da incorporação de material estruturante de origem orgânica e, complementarmente, avaliar a eficiência do sistema de tratamento desenvolvido (biorreatores de bancada e biorreator piloto) na redução do teor de contaminante nos solos. Assim, foi concebido um biorreator do tipo tambor fixo com agitador interno contendo pás (quatro diferentes configurações foram testadas) que comprovou, através de testes mecânicos, ser eficiente na homogeneização do conteúdo do mesmo.
Os resultados dos ensaios de biodegradabilidade em microcosmos e dos testes em biorreator de bancada indicaram que tanto a aplicação da técnica de bioestímulo quanto a incorporação do material estruturante (serragem) refletiram positivamente na atividade microbiana, podendo ser adotadas como técnicas auxiliares ao processo de biorremediação dos dois solos estudados. No caso do bioestímulo, com correção do teor de nitrogênio do solo, a adição de uréia se mostrou mais adequada do que a de nitrato de sódio. Já a incorporação da serragem foi responsável por um aumento significativo da remoção do contaminante.
Nos ensaios realizados no biorreator piloto, a remoção de HTP no solo 2 foi de 15% após o bioestímulo, enquanto que no teste associando o bioestímulo à incorporação da serragem essa remoção foi elevada para 35%, representando um aumento de cerca de 2 vezes na eficiência do processo. A adição da serragem praticamente dobrou a taxa diária de remoção de HTP obtida apenas com a adição da uréia (de 0,14 para 0,26 mg HTP/g solo.dia).
O biorreator apresentou desempenho satisfatório na condução do processo de biorremediação, ficando comprovado que o sistema de homogeneização, incluindo a conformação da pá instalada, interfere na eficiência de biodegradação do óleo cru. Além disso, pode-se concluir que o aumento de escala refletiu diretamente no aumento na taxa diária de biodegradação já que na escala de bancada o valor máximo obtido foi de 0,18 mg HTP/g solo.dia enquanto que no biorreator piloto o valor chegou a 0,26 mg HTP/g solo.dia (condições com bioestímulo e adição da serragem).