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Autora: Michelle Ramos Cavalcante Fortunato.
Orientadoras: Maria Antonieta Peixoto Gimenes Couto, Karen Signori Pereira.
O interesse mundial pelos biocombustíveis tem aumentado em virtude da preocupação com o desenvolvimento de fontes energéticas renováveis e mais limpas, visando atender as novas demandas de desenvolvimento sustentável.
Este trabalho objetivou avaliar, em um estudo preliminar, o potencial de aproveitamento do soro, que é um resíduo da cadeia produtiva do queijo, para produção de etanol. Foram propostos quatro processos de produção no contexto de biorrefinaria que, além de etanol, podem ser obtidos proteínas oriundas do mesmo soro, com aplicação na indústria alimentícia e farmacêutica. Desta forma, agrega-se valor ao soro que é um resíduo altamente poluente.
O soro proveniente da produção de queijo se constitui num subproduto de alto teor energético e, portanto poluidor, que apresenta uma concentração de lactose em torno de 5%. O Brasil é o quinto maior produtor mundial de leite, com uma produção de 32 milhões de toneladas em 2010. A produção brasileira de leite tem aumentado com o decorrer dos anos e aproximadamente 34% da produção é destinada a fabricação de queijos, onde as maiores produções são do tipo mussarela, prato e minas frescal. Aproximadamente 90% do volume do leite destinado à fabricação de queijos se transformam em soro. No Brasil, ao contrário de outros países, o soro de queijo ainda apresenta pouca aplicação no ramo de alimentos, sendo muito utilizado para ração animal.
Quanto a avaliação de produção de etanol a partir do excedente de soro foi utilizado o simulador de processos SuperPro Designer®, com o qual foi possível desenvolver 4 (quatro) processos de produção. Esta ferramenta foi importante na previsão da viabilidade técnica e econômica dos processos propostos.
Os micro-organismos escolhidos para a obtenção do produto foram Kluyveromyces marxianus e Saccharomyces cerevisiae que, de acordo com informações da literatura, são indicados como promissores para a produção do álcool a partir da lactose e glicose, respectivamente. Além disso, os resultados indicam que o processo 3, ou seja, o conduzido em contínuo e utilizando a K.marxianus, é o mais vantajoso para o investidor e que possui a maior produção anual de combustível.