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Autora: Patrícia Ferreira Prado.
Orientadoras: Selma Gomes Ferreira Leite, Cláudia Duarte da Cunha.
O uso de materiais residuais na remoção de óleo e metais pesados de efluentes industriais surge como uma alternativa aos métodos convencionais de tratamento. Neste trabalho, também foi avaliado o reaproveitamento do xisto retortado como potencial material adsorvente.
Isotermas foram construídas com o objetivo de estudar o comportamento de sorção de arsênio em sistemas em batelada, nas condições de equilíbrio, e os pontos experimentais foram ajustados de acordo com o modelo de Langmuir. Esse procedimento foi útil para avaliação do desempenho dos materiais sortivos. Foram testadas cinco diferentes biomassas (bagaço de cana, pó da casca de coco, palha de coco, casca de arroz e Sargassum sp.) além do xisto retortado. Os materiais testados que obtiveram os maiores valores de captação (qMAX) para arsênio foram: Sargassum sp. (6,32 mg/g) , pó da casca de coco (6,10 mg/g) e xisto retortado (4,39 mg/g).
Com os materiais selecionados (xisto retortado e Sargassum sp.), foram realizados experimentos de sorção em sistema contínuo utilizando colunas de leito fixo. Dois tipos de sistemas foram testados: um deles utilizando duas colunas ligadas em série (uma para cada material selecionado), e o outro utilizando quatro colunas ligadas em série (duas para cada material selecionado).
O sistema com duas colunas em série atingiu o ponto de ruptura para o arsênio com 3,5 horas de tratamento, e nesse ponto houve uma remoção de 90% do arsênio presente na solução. A concentração de óleo e graxas neste sistema atingiu o nível permitido para descarte (Resolução do CONAMA nº 357/2005) também com 3,5 horas de tratamento, alcançando um percentual de remoção de 80% do óleo em solução.
O outro sistema proposto, com quatro colunas em série, atingiu o seu ponto de ruptura para arsênio com aproximadamente 8 horas de tratamento, apresentando um percentual de remoção de 93%, aumentando em 100% o tempo de serviço deste sistema em relação ao anterior. Com relação à remoção de óleo, este sistema se mostrou eficiente, pois no período de 24 horas, a concentração ainda estava abaixo dos limites permitidos pela legislação.