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Autora: Flávia Souza da Silveira Cavalcante.
Orientadores: Peter Rudolf Seidl, Estevão Freire.
O aumento significativo dos preços do petróleo, a expectativa de diminuição das reservas e as crescentes preocupações com as questões ambientais reforçam a necessidade de se buscar fontes alternativas e renováveis de matérias-primas.
A presente dissertação tem como principais objetivos estudar a sacarose como matéria-prima na geração de diferentes produtos químicos de alto valor agregado, com ênfase nos ésteres de sacarose e analisar a sustentabilidade desses derivados com base nos 12 princípios da Química Verde, como forma de estimular os investimentos nesse setor, contribuindo para o desenvolvimento de uma indústria química independente e de base renovável.
Foi realizado um estudo prospectivo, por meio da análise de artigos e patentes voltados para a síntese dos sucroésteres, visando acompanhar as tendências e o desenvolvimento tecnológico do setor. Os resultados mostraram um baixo número de artigos e patentes em processo, o que não condiz com o potencial tecnológico da sacarose.
As bases de artigos consultadas, Web of Science e Science Direct, indicaram que a maior parte dos artigos foi publicada pela França e Espanha e que a síntese enzimática foi a mais utilizada, empregando, preferencialmente, lipases como biocatalisadores. Ambas as bases de patentes consultadas (INPI e USPTO) apontaram os EUA como o principal país depositante. Entretanto, foi observado que nenhuma patente referente a ésteres de sacarose foi depositada nos três últimos anos no INPI; situação semelhante foi constatada na base do USPTO, onde a última patente, referente à síntese de sucroésteres, foi depositada em 1998, ou seja, há mais de uma década. Esses resultados evidenciam o baixo desenvolvimento científico e tecnológico nessa área, justificando a dificuldade em se encontrar informações sobre o assunto.
Quanto à sustentabilidade, o estudo mostrou que os processos químicos mais sustentáveis estão focados em sínteses mais "limpas", econômicas e em única etapa, com ênfase na reação de Mitsunobu, na síntese livre de solventes orgânicos, no uso de solventes "verdes" (CO2 supercrítico) e de técnicas energéticas eficientes, como a irradiação de ultrasom e microondas.