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Autora: Vanessa Mattos Pires Couto.
Orientadoras: Juacyara Carbonelli Campos, Valéria Castro de Almeida.
Uma crescente preocupação com o meio ambiente tem levado as estações de tratamento de água (ETA) a pensarem em alternativas para destinação do lodo gerado no tratamento. A questão da preservação não admite o uso de métodos inadequados e insustentáveis de disposição, impondo a procura por alternativas que pouco interfiram com o meio ambiente.
É necessário conhecer as ETA, bem como sua operação visando à minimização ou redução dos impactos ambientais causado pelo lançamento desses rejeitos, através do aproveitamento dos resíduos de ETA em outras atividades.
Esse trabalho tem como principal objetivo mostrar algumas propostas de aproveitamento de lodos gerados em ETA, enfocando sua incorporação na fabricação de materiais cerâmicos e cimentícios.
A utilização do lodo de ETA na fabricação de materiais cerâmicos mostrou-se possível desde que o teor máximo de lodo não ultrapasse 10%, acima dessa concentração observou-se um comprometimento nas propriedades físicas e mecânicas do material. A adição de 20% e 30% de lodo à massa cerâmica provocou um aumento na porosidade, na absorção de água do material e menores valores de Tensão de Ruptura à Flexão. A fim de reduzir este impacto na qualidade do material foram adicionadas microesferas de vidro, que diferente do esperado não resultou em melhoras nas propriedades das peças estudadas.
Avaliou-se também o comportamento de materiais cimentícios preparados com lodo de ETA e observou-se uma queda nos resultados obtidos no ensaio de resistência à compressão da pasta de cimento, porém, esses valores encontram-se em padrões aceitáveis para serem utilizados como material construtivo. Para este fim, a quantidade de lodo de ETA a ser adicionada ao cimento não deve exceder a 20% da massa do cimento.