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Autora: Livia Maria da Costa Silva
Orientadoras: Andréa Medeiros Salgado, Maria Alice Zarur Coelho.
A determinação de fenóis é de extrema importância ambiental, visto que os fenóis são poluentes tóxicos encontrados em diversos efluentes industriais. Análises de espécies fenólicas têm sido realizadas, principalmente, por meio de métodos espectrofotométricos e cromatográficos. Entretanto, estes não permitem, facilmente, um monitoramento contínuo in situ, pois são caros, lentos e necessitam de operadores treinados.
A fim de viabilizar uma metodologia analítica que permita tal monitoração, o presente trabalho se propõe a utilizar o tecido fúngico íntegro de Agaricus bisporus, dada sua atividade tirosinásica, fazendo o papel de biocomponente de um biossensor para detecção de fenóis e tendo o eletrodo de oxigênio como transdutor. A tirosinase é uma polifenol oxidase que tem capacidade de transformar fenóis em produtos menos solúveis em água, as quinonas.
A metodologia experimental adotada visou a escolha do melhor tamanho de tecido fúngico, temperatura e pH para a remoção de fenol em solução padrão, assim como, foi analisada a possível adsorção do analito no tecido, a influência do envelhecimento do tecido fúngico na remoção de fenol e a quantificação da concentração de fenol presente no próprio tecido ainda sem utilização.
Posteriormente, para a montagem preliminar do biossensor, propriamente dito, o eletrodo de oxigênio foi utilizado como transdutor, investigando a relação linear entre a variação de oxigênio dissolvido e a concentração de fenol da solução aquosa.
Para a calibração do instrumento, estudou-se o tempo de reação e a quantidade de tecido necessários para promover respostas confiáveis e com menor erro entre as análises. As influências da saturação da solução com ar antes da leitura e a lavagem do eletrodo também foram analisadas.
Os resultados mostraram que não houve adsorção no tecido e que este apresenta fenol em sua composição. Além disso, as melhores condições de atuação da enzima tirosinase para remoção de fenol foram: cogumelo cortado em pedaços de 1,0cm³, pH 8,0 e faixa de temperatura de 35°C-45°C. Já na confecção do sistema biossensor, o tempo de reação escolhido foi de 1 minuto e a quantidade de 5g do biocomponente. Porém, ao contrário do esperado, não houve uma relação linear entre a variação de oxigênio e a concentração de fenol utilizando esta configuração do biossensor.