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Autor: Ricardo Furtado e Silva.
Orientadora: Selma Gomes Ferreira Leite
Diversas metodologias têm sido propostas com o objetivo de remediar áreas contaminadas por poluentes de origem antrópica. No entanto, sabe-se pouco a respeito do que realmente ocorre com a comunidade microbiana do ambiente ao longo do processo de contaminação e degradação do poluente.
Os manguezais são ecossistemas costeiros que possuem diversas funções naturais de grande importância ecológica e econômica. Atualmente, os manguezais vêm sofrendo diversas agressões que ameaçam a sua sobrevivência, como o lançamento de esgotos industriais e domésticos, aterros e derrames de petróleo e seus derivados.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes tratamentos de biorremediação no perfil da comunidade microbiana (PCR 16S/DGGE) de um sedimento de manguezal impactado por petróleo utilizando microcosmos.
Foi avaliada a utilização de dois fertilizantes comerciais de liberação lenta, OSMOCOTE e BASACOTE (0,03 e 0.8%) como fontes de N e P. A Atenuação Natural parece ser a melhor estratégia de remediação para o Sedimento de manguezal em questão, atingindo 54,0% de degradação de hidrocarbonetos totais de petróleo (HTPs).
Os índices de degradação foram avaliados para o sedimento com contaminação antiga e simulando um novo derramamento de petróleo. A nova contaminação por óleo levou a um aumento da degradação de HTPs no tratamento da Atenuação Natural, atingindo 71,14% de degradação. Esses resultados contrastam com os índices obtidos para o OSMOCOTE (0,8%), quando foi atingido um índice de degradação de 6,49%, mostrando que altas concentrações de nutrientes apresentam um efeito inibitório na degradação de HTPs.
Os resultados obtidos pela técnica de DGGE mostraram que as variáveis alteradas nesse trabalho, nutrientes e óleo, parecem não apresentar qualquer efeito sobre a estrutura dominante da comunidade bacteriana.