Site antigo: versão de 03/09/2021
Clique aqui para acessar a nova página
Ver Legenda
Página Existente
Página não encontrada
Autora: Sabrina Dias de Oliveira.
Orientadoras: Selma Gomes Ferreira Leite, Judith Liliana Solorzano Lemos.
O presente trabalho visa determinar as estratégias de biorremediação mais efetivas para um solo nordestino, intencionalmente adicionado de petróleo, e avaliar a contribuição dos fungos filamentosos, nos processos de biodegradação.
Para cumprir os objetivos relatados, os ensaios de biodegradação foram divididos em quatro estágios.
O ensaio preliminar consistiu em um processo de atenuação natural monitorada de um solo contaminado com 5% m/m de petróleo. O principal objetivo, nesta fase, era a determinação de um momento ideal para adição de um inóculo predominantemente fúngico. Foi observado que, na quinta semana do experimento, houve um aumento na população de fungos filamentosos, definindo esse momento como o período adequado para execução de uma inoculação fúngica no solo.
Na segunda etapa, foram avaliadas, principalmente, a contribuição das fontes de nitrogênio e suas respectivas concentrações nos testes de biodegradação de óleo cru em micro-escala, além da CRA (capacidade de retenção de água) mais favorável para o crescimento microbiano. Por meio da análise de hidrocarbonetos totais do petróleo (HTP), a condição empregando uréia na relação C:N 100/10 e 50% da CRA, mostrou um incremento maior na remoção de petróleo (62,34%) comparada à amostra com mamona na relação C:N 100/20 e 50% da CRA (54,40%).
A terceira etapa do procedimento experimental consistiu no estudo dos microrganismos biodegradadores de óleo em uma escala maior (biorreatores estáticos). A associação bioestímulo-bioaumento se mostrou mais favorável para a biodegradação do petróleo do que as técnicas empregadas individualmente; e o bioaumento realizado no início do processo apresentou resultados mais satisfatórios do que o realizado na quinta semana. Dentre as condições testadas nos ensaios de biodegradação, destaca-se o emprego da uréia, na relação C:N 100:15, e a adição do bioaumento no início do processo para amostras contaminadas, tanto com 1% m/m, quanto com 5% m/m de contaminante, diferenciando-se, apenas, na relação C:N utilizada (100:10) para amostras com 5% de petróleo.
Na última etapa, foi realizada a avaliação da qualidade do solo contaminado por meio de ensaios de toxicidade aguda com minhocas. Os solos contendo 1% e 5% m/m de petróleo não foram considerados tóxicos para os testes de letalidade e perda de biomassa realizados. Contudo, a incorporação das fontes de nitrogênio se mostrou mais agressiva à qualidade do solo do que o próprio contaminante.