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Autora: Sylviane Franco Charret
Orientadoras: Eliana Flávia Camporese Sérvulo, Márcia Tereza Lutterbach
Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de caracterizar e monitorar as condições apresentadas por três tipos de solos provenientes da região Sudeste do Brasil, visando identificar a ocorrência de microrganismos promotores da corrosão induzida microbiologicamente (CIM), em relação aos aços carbono AISI 1020 e aço inoxidável AISI 316L. Destes três solos analisados, dois solos franco-arenosos (1 e 2) foram escolhidos em função das suas características geotécnica, química, física e microbiológica.
O quantitativo de 6 kg de cada solo foi distribuído em caixas retangulares de plástico, de 41,7cm x 18,1cm x 28 cm (comprimento x largura x altura). Nos solos, corpos-de-prova de aço carbono e aço inoxidável, após tratamento químico e pesagem, foram enterrados, separadamente, onde permaneceram, à temperatura resfriada na faixa de 23°C a 27°C por um período total de 60 dias, a fim de permitir a formação de biofilme.
Nos intervalos de 15 e 30 dias, e ao final do período de 60 dias, os corpos-de-prova de aço carbono e aço inoxidável foram avaliados através de técnicas específicas para:
Constataram-se uma atividade similar das bactérias aeróbias e anaeróbias ao longo do tempo para ambos os solos, e estas populações microbianas foram proporcionais qualitativamente e quantitativamente às suas respectivas concentrações encontradas nos biofilmes dos aços carbono e inoxidável. As concentrações microbianas analisadas mantiveram-se constante durante o período analisado.
Os resultados para EPS revelaram que as quantidades de EPS nos biofilmes foram semelhantes para os dois diferentes solos para o aço inoxidável AISI 316L. No entanto, esta quantidade de polissacarídeo no cupom de aço carbono enterrado no solo 1 foi quatro vezes maior do que o que ficou no solo 2. Os resultados para EPS revelaram a possibilidade de se empregar este parâmetro como um indicativo para o monitoramento microbiológico. Em relação à atividade hidrogenásica, esta foi efetiva, sugerindo a presença de quantidades expressivas de BRS hidrogenase-positivas em ambos os solosos, independente da concentração de BRS.
A análise da perda de massa para o aço carbono foi maior do que para o aço inoxidável, sendo mais intensa no solo 1 onde era maior a quantidade de microrganismos. No entanto, a taxa de corrosão para aço carbono foi maior no solo 1, do que no solo 2. Mas o aço inoxidável apresentou menor taxa de corrosão, sendo similar para ambos os solos. Logo, pode classificar a corrosão como muito severa para ambos os metais, segundo o critério da Norma NACE RP-07-75.